A gripe ou influenza mata cerca de 650.000 pessoas por ano e adoece muito mais gente no mundo todo. Mesmo as vacinas existentes hoje, produzidas ano a ano, não conseguem combater todas as suas cepas (variações). Mas um tratamento experimental baseado em medicação por via oral tem conseguido curar até mesmo níveis de infecção que atualmente são fatais, segundo estudo publicado na Science, semana passada.
Os únicos pacientes que tomaram a nova droga até agora são ratos de laboratório. Mas mesmo quando os animais foram expostos a níveis letais da gripe, 100% dos tomaram o novo medicamento sobreviveram. A boa notícia é que o novo tratamento também foi eficaz no tratamento de células pulmonares humanas cultivadas em laboratório – abrindo caminho para testes em pessoas.
Vacina vs. medicamento
Enquanto o vírus de doenças como sarampo e catapora permanecem idênticos ao longo dos anos, a influenza está mudando constantemente. Sua camada proteica externa, que nosso sistema imunológico usa para identificar e neutralizar o vírus, evolui rapidamente para evitar a detecção.
As vacinas funcionam em parte ao apresentar ao nosso sistema imunológico inato como os vírus causadores de doenças se parecem. Com essa informação biológica, nossos corpos produzem anticorpos específicos que podem ser implantados contra os vírus antes que eles causem estragos.
Com base nisso, o novo tratamento foi desenvolvido projetando uma molécula menor, da classe das benzilpiperazinas, para imitar a ação de anticorpos amplamente neutralizantes. A vantagem é que por serem moléculas menores, menos complexas e mais resistentes que os anticorpos, a medicação se torna mais barata de produzir e mais fácil de ser administrada em larga escala.
Fonte: Terra.