5 tendências do varejo farmacêutico que podem impactar sua drogaria

Muitas das tendências do varejo farmacêutico para 2018 são parecidas com as de 2018. Com a exceção do serviço farmacêutico na loja, as demais devem se manter e, inclusive, ampliar o crescimento, como a venda de genéricos, por exemplo.

As tendências do varejo farmacêutico para 2019 não são tão diferentes das de 2018. O varejo farmacêutico brasileiro continua crescendo bem acima do PIB, assim como nos últimos anos. O Brasil é um dos maiores mercados do mundo. Mesmo com a crise econômica que assolou o país, o segmento é resiliente e manteve o crescimento.

Com essa evolução permanente, o que ocorre no mercado atualmente é a grande concorrência. Por conta disso, os empresários do segmento devem estar atentos a alguns fatores para conseguirem se destacar e ter desempenho cada vez melhor.

Veja algumas das principais tendências do varejo farmacêutico para os próximos anos:

Gerenciamento por categorias

O gerenciamento por categorias é um dos grandes fatores de sucesso e uma das tendências do varejo farmacêutico. A organização da drogaria deve facilitar a experiência de compra do consumidor. Assim ele consegue se localizar melhor dentro da loja e encontra com mais facilidade os produtos que busca.

Dessa maneira, o cliente consegue caminhar pela loja com mais tranquilidade e atenção. Ele sabe onde deve ir e como procurar os itens que necessita.

Prescrição Eletrônica

Muito se fala sobre a prescrição eletrônica. A maneira como acontece atualmente gera erros de dispensação e de consumo, pois muitas vezes o balconista e o paciente não conseguem entender a letra do médico. Esse erro pode custar caro, tanto para o bolso quanto para a saúde. Para a farmácia, muitas vezes é necessário entrar em contato com o médico para tirar dúvidas sobre o que consta na receita.

A prescrição eletrônica é uma das tendências do varejo farmacêutico e pode ser a solução para reduzir essa quantidade de erros, além de facilitar a vida dos pacientes. Trata-se de uma receita médica digital, com informações padronizadas, digitadas e compartilhadas em rede. Assim, a qualquer farmácia que o paciente se dirigir, o atendente consegue acessar a receita médica e fazer a dispensação com mais agilidade e segurança.

Ainda é uma realidade um pouco distante para o Brasil, pois a regulamentação sobre isso não existe, já vigente foi escrita quando a internet estava em seus primórdios. A Portaria 344/98 já prevê a possibilidade de receitas de controle especial informatizadas.

Muitas startups estão de olho nesse mercado e começam a desenvolver tecnologia para esse tipo de serviço, que conecta o varejo farmacêutico, os médicos, hospitais e os consumidores.

Pacientes com mais poder de decisão

Hoje as pessoas são mais exigentes, curiosas no que lhes interessa e têm muito mais acesso à informação. Para o varejo farmacêutico não é diferente, pois as pessoas buscam mais agilidade no atendimento. Além disso, os pacientes não são mais tão passivos como antes, principalmente os mais jovens.

Atualmente, muitos estudiosos de marketing como Phillip Kotler afirmam que entramos na era centrada no consumidor. Isso quer dizer que toda a estratégia deve estar voltada para permitir que o cliente tome as próprias decisões, pois é isso que ele busca. Como o consumidor tem muito mais acesso à informação, ele se sente capaz de tomar mais decisões.

Claro que a atenção e a opinião dos farmacêuticos e balconistas contam durante o atendimento na loja, mas o consumidor certamente prefere tomar as próprias decisões.

Serviços Farmacêuticos

A atenção farmacêutica foi um tema de amplo debate em 2018 e muitas redes e drogarias investiram alta quantia de dinheiro nesse tipo de serviço. Porém, o que se viu no mercado foi uma certa retração em relação a isso. Era uma das tendências do varejo farmacêutico no ano passado.

Os serviços farmacêuticos são atividades de cuidados com a saúde, prestados de forma profissional pelo farmacêutico. Envolvem atendimento em um ambiente especial da farmácia, separado do balcão. Geralmente uma sala de atendimentos e consultas. São verdadeiras clínicas farmacêuticas instaladas no interior das lojas.

Claro que no mundo atual, a percepção é que a farmácia deve buscar a ser um estabelecimento de saúde, e não apenas um que vende medicamentos. A estratégia de precificação é extremamente importante para a drogaria se destacar no mercado da região, mas entregar saúde certamente é mais importante do que apenas fazer vendas.

Entenda o público antes de estruturar esse serviço

No varejo farmacêutico, as grandes redes, principalmente, disponibilizaram salas de atendimento e tecnologia voltada para o atendimento na drogaria. É uma estratégia que posiciona a farmácia, mas que também gera um alto custo.

Pode ser uma boa opção para chamar a atenção, dependendo da necessidade dos seus consumidores, mas se você atua numa região de alta competitividade, ter mais custos pode prejudicar sua estratégia de descontos e fazer com que seus produtos se tornem mais caros que os da concorrência.

A farmácia clínica pode se tornar uma tendência estratégica para criar diferenciação, fortalecer a marca, conquistar e fidelizar clientes. Além disso, pode aumentar o ticket-médio e o tráfego na loja, e ainda ser uma nova fonte de receitas diretas, pela cobrança por serviços.

Mas é preciso ter clareza que o consumidor brasileiro não está disposto a pagar mais por esse tipo de serviço. Portanto, a fonte de receita direta pode ser um nicho muito pequeno de clientes e pode não compensar o investimento. Vale analisar as necessidades da região e entender melhor o seu público-alvo para tomar decisões mais assertivas no seu negócio.

Movimentação do mercado

A movimentação do mercado do varejo farmacêutico no Brasil tende a permanecer entre as grandes redes de farmácias e redes associativistas. Esses dois grupos são o que mantiveram crescimento equilibrado e dominam mais o mercado. Por mais que as farmácias independentes representam o maior número de PDVs no país, a representatividade das vendas dos outros grupos é superior por conta da organização operacional e das estratégias de comunicação.

As grandes redes de farmácia estão concentradas principalmente nas capitais e cidades de médio porte, enquanto as independentes e associativistas atuam fortemente em cidades pequenas e de médio porte. Um dos grandes desafios atuais das grandes redes é expandir seus negócios para as cidades menores.

Enquanto isso, as redes associativistas seguem se profissionalizando cada vez mais para se tornarem mais competitivas no mercado e as independentes se mantêm pois já são farmácias de bairro amplamente conhecidas no local e têm proximidade com a população da região. Mas a profissionalização operacional, a padronização de layout e a negociação com as indústrias farmacêuticas são áreas fundamentais para o desenvolvimento e a sobrevivência.

Aproveite as dicas para entender as tendências do varejo farmacêutico para pensar o seu negócio e evoluir a maneira como você trabalha a sua drogaria!

Fonte: Farmarcas

 

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